Bom, eu estou muito feliz, pois passei pelo processo seletivo da Especialização em Educação Infantil da UESC e resolvi compartilhar com vocês essa experiência.
O processo foi realizado em três partes. Análise Curricular, Uma carta contendo nossa justificativa sobre a especialização (3 laudas) e uma entrevista. Desse modo, resolvi disponibilizar a minha carta de intenções. Segue abaixo!!!
Eu, STÉFANIE MOREIRA DE OLIVEIRA apresento
abaixo, as razões teórico-metodologicas que justificam meu interesse em cursar
a especialização em Educação Infantil:
Chamo-me Stéfanie Moreira, tenho 24 anos
de idade e sou graduada em Psicologia pela UNIME FACSUL. Estou em processo de
finalização de uma disciplina de Fundamentos Teóricos de ideias linguísticas do
Mestrado de Letras: Linguagens e Representações da UESC, na condição de aluna
especial e posso garantir que o conhecimento nunca é o suficiente, sempre
podemos chegar além do esperado e cursar essa matéria abriu minha mente e minha
curiosidade para vários outros aspectos da comunicação que antes não me
chamavam tanta atenção. Faço uma pós-graduação em Saúde Mental, numa
instituição particular, além disso, sou professora no programa Universidade
para Todos (UPT) e trabalho na área de Psicologia na cidade de Itapé.
Atualmente, estou lotada na secretaria de
saúde do município supracitado, que fica localizado a 30 minutos da cidade de
Itabuna. Desenvolvo um trabalho de construção de relatório na área de
psicologia a serem implementados no município e faço parte da equipe do
programa saúde na escola, que ainda este mês estará tratando de vários
assuntos, como, drogas, AIDS, demais DST, entre outros, utilizando uma espécie
de feira ciências itinerante na qual serão expostos os temas apresentados
anteriormente, bem como, apresentações do grupo de teatro que é formado pelos
jovens das escolas do município. Tenho uma carga horária de 20hs semanais,
desse modo, garanto ter a disponibilidade de tempo necessária para
desenvolvimento da especialização em questão.
De inicio devo salientar a minha paixão
por crianças e por tudo que os rodeiam. Ainda não tenho filho, pois ainda não
possuo as condições financeiras e psicológicas necessárias para garantir a
criação que sonho para meu primogênito, porém, tenho uma sobrinha de nove anos
a qual acompanhei seu desenvolvimento desde seu nascimento e tenho a certeza
que uma educação escolar de qualidade é imprescindível para um crescimento
saudável. Meu interesse progrediu ainda mais durante a graduação, pois a
psicologia se interessa, explora, explica e constrói os estágios de
desenvolvimento das crianças.
Nesse contexto, além de várias matérias que
abordaram esse tema (a infância) com riqueza de detalhes, fui ainda contemplada
com estágios acadêmicos muito significativos em minha vida profissional e
pessoal. Trabalhei voluntariamente no APAE Itabuna por seis meses, tive contato
com crianças e adolescentes literalmente especiais por tamanha alegria e
energia positiva, energia essa que me proporcionou um amadurecimento
considerável. Na sequência, trabalhei voluntariamente no CRAS Itapé, onde
acompanhei atendimentos, inclusive de crianças, por uma psicóloga bastante
competente, o que me garantiu uma parcela da preocupação que hoje possuo quanto
à educação infantil, pois muitas das crianças atendidas no município trás
consigo um retrato de baixa escolaridade e grandes dificuldades de aprendizado.
Posteriormente, trabalhei por dois anos no Centro Psicopedagógico de Educação
Inclusiva (CEPEI) Itabuna, local que me garantiu a maior parte da experiência
que hoje tenho e foi imprescindível para a quebra de alguns pré-conceitos
infundados que possuía, além de me chamar a atenção para a importância da
inclusão social.
Desse modo, trago hoje em mim um
sentimento de nostalgia, pois, ao concluir o ensino superior também se concluiu
meu estágio no CEPEI. Assim sendo, tenho grandes esperanças e expectativas de
algum dia voltar a trabalhar nesse local mágico, onde o trabalho se concretiza
de maneira muito peculiar, e onde toda a equipe é tratada com respeito e trabalham
juntos pelo ideal da inclusão social e assim, poder contribuir da melhor forma
possível, agora não mais como estagiaria e sim, como profissional.
Ao saber dessa especialização
pelo site da UESC tive a certeza que essa era a minha oportunidade para
realizar meu sonho de lutar pelo que acredito e lutar por uma educação mais
harmoniosa e homogênea a todos. Tenho a certeza que esse ramo trás consigo
grandes desafios, mas estamos constantemente lutando por algo, desde a nossa
concepção, ainda no conforto de um ventre materno. Minhas expectativas para com o curso de
especialização é justamente alcançar a titulação mínima necessária para a
inserção no campo da educação e assim, garantir o respaldo teórico necessário
para opinar sobre a Formação de Professores na Educação Infantil, pois são
esses que estão diariamente em sala de aula com as crianças.
Ao atuar na educação, trabalhamos
outras temáticas de maneira indireta, como, a exclusão social, o bullying que é
hoje um tema bastante discutido, a formação individual e coletiva, ou seja,
ajudamos a desenvolver os cidadãos do futuro, e se tratando de educação
infantil, a diversidade dos temas é alargada, pois as contradições sociais são
ainda maiores nesse estágio da vida. Infelizmente a ainda há uma diferença
cultural e estrutural nas escolas infantis particulares e públicas e isso deve
também ser uma preocupação dos professores, ao passo que essa diferença também
reflete em sua remuneração. Para se
garantir uma educação de qualidade para as crianças deve-se priorizar o
trabalho docente e reduzir ao máximo os problemas que se tornam um gargalo na
fluência da educação brasileira. Além do mais, os problemas enfrentados hoje
pelos professores, causam estress, irritabilidade, falta de paciência com as
crianças que encontram-se numa fase na qual apresentam muita energia para ser
externalizada, desse modo, cuidar da saúde social, econômica, mental e
psicológica dos professores é imprescindível para melhorar a atuação dos mesmos
em sala de aula.
Outro ponto importante a ser
salientado, é a importância de se voltar a formação dos professores para lidar
com a nova realidade da escrita e da oralidade meio ao avanço tecnológico da
contemporaneidade. Muitos dos alunos hoje, utilizam os recursos do computador,
tais como, o Word, o Excel o Power Point entre outros, além dos recursos
da internet, principalmente os sites de
relacionamento, e essas ferramentas não podem dificultar o processo
ensino-aprendizagem e sim, caminharem juntos. Os professores devem ter uma
formação voltada para aliar essas ferramentas ao processo de ensino, pois o
avanço tecnológico pode dinamizar e contribuir de maneira positiva para o
interesse do aluno para com as várias possibilidades de escrita e assim, da
aprendizagem de modo geral.
Por fim, a realização de matérias
que me permitam a saciedade das minhas inquietações serão de grande valia não
somente em meu currículo acadêmico e profissional, como também, serão uma
conquista e fonte de crescimento e aprimoramento pessoal, desse modo, deixo
aqui a minha aspiração em cursar essa especialização em Educação Infantil e
desde já meu agradecimento por trazer para a região uma possibilidade de se
discutir e rever a educação infantil em nosso país.